As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são infecções que se espalham de uma pessoa para a outra durante o sexo vaginal, anal ou oral. Além de se tratarem de condições bastante comuns, muitos indivíduos que as contraem não apresentam quaisquer sintomas. Como se prevenir de DSTs? Quais são as precauções mais importantes que se deve tomar?
Embora as DSTs possam ser perigosas, a boa notícia é que os exames para detectá-las não são complicados. Afinal, a detecção precoce é fundamental para a qualidade de vida do paciente e, sobretudo, para a eficácia do tratamento indicado em cada caso.
Pensando nisso, apresentamos, ao longo deste artigo, as principais informações das principais doenças sexualmente transmissíveis, bem como o que pode ser feito em termos de prevenção.
Boa leitura!
“Acho que tenho sintomas de uma DST. Preciso fazer algum exame?”
De modo geral, as doenças sexualmente transmissíveis não apresentam sintomas. A única maneira de saber, com certeza, se você tem uma DST, é fazer o teste.
Portanto, se você manteve relações sexuais recentemente, converse com seu médico sobre a necessidade de realizar esse exame.
Se você notou algum sinal de DST em seu parceiro ou parceira, o ideal é fazer o exame.
Lembre-se que os sintomas podem aparecer e desaparecer com o tempo, sendo comum que eles sejam leves e não afetem sua rotina.
Com efeito, cada doença sexualmente transmissível apresenta diferentes sintomas, que podem incluir:
- Feridas ou inchaços em torno dos genitais, nas coxas ou nas nádegas;
- Secreções incomuns da vagina ou do pênis;
- Ardência ao urinar e/ou necessidade constante de urinar;
- Comichão, dor, irritação e/ou inflamação do pênis, vagina, vulva ou ânus;
- Sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, dores no corpo e cansaço.
Embora tais sintomas possam ser causados por outras condições que não são necessariamente doenças sexualmente transmissíveis (como acne, infecções do trato urinário e infecções fúngicas vaginais), a única maneira de eliminar suas dúvidas consiste em fazer o teste.
Cumpre ressaltar a importância dos exames para detectar a existência de doenças sexualmente transmissíveis, pois algumas delas podem causar sérios problemas de saúde se não forem devidamente tratadas.
Além disso, ter uma DST aumenta a probabilidade de você se infectar com outras doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV.
A ideia de ser testado pode assustá-lo um pouco, mas tente relaxar. A maioria das DSTs é facilmente curada com medicação.
Para as que não cicatrizam, geralmente há tratamentos para aliviar os sintomas e diminuir as chances de você transmitir a doença para outras pessoas.
Logo, quanto mais cedo você souber que tem uma DST, mais rápido poderá começar a cuidar de si mesmo e do seu parceiro ou parceira.
HIV e AIDS andam de mãos dadas, mas não são a mesma coisa
O HIV (vírus da imunodeficiência humana) é o vírus que causa a AIDS, afetando o sistema imunológico e, assim, prejudicando a saúde do paciente. O HIV é transmitido pelas relações sexuais, porém, a utilização de preservativos evita o contágio.
Trata-se de um vírus capaz de destruir determinadas células do sistema imunológico (a defesa do corpo contra as doenças).
Quando isso acontece, é mais fácil ficar gravemente doente e até morrer em decorrência de infecções que o organismo poderia, em condições normais, combater sem maiores problemas.
Com efeito, o HIV pode ser contraído por qualquer pessoa. No Brasil, há cerca de 827 mil pessoas vivendo com HIV e 41 mil novos casos são registrados anualmente, segundo os últimos dados veiculados pelo Ministério da Saúde.
Grande parte dessas pessoas (112 mil) não apresenta sintomas e se sente totalmente bem, ignorando o fato de serem portadores do HIV. Entretanto, uma vez contraído, o vírus permanece no organismo por toda a vida.
A despeito do fato de ser uma doença sem cura, existem inúmeros remédios que ajudam os soropositivos a se manterem saudáveis por mais tempo, aumentarem sua qualidade de vida, reduzindo drasticamente as chances de infectar outras pessoas.
Qual é a diferença entre HIV e AIDS?
Conforme mencionado, o HIV é o causador da AIDS, sigla que significa “síndrome da imunodeficiência adquirida”. Portanto, HIV e AIDS não são a mesma coisa: pessoas com HIV nem sempre têm AIDS.
Em outras palavras, o termo HIV se refere ao vírus que pode ser transmitido de uma pessoa a outra. Com o tempo, o HIV destrói um importante tipo de célula do sistema imunológico (chamado de células CD4 ou células T) que nos protege de infecções.
Quando um indivíduo não conta com células CD4 em quantidades suficientes, o seu organismo perde a capacidade de combater infecções como normalmente faria.
A AIDS, por sua vez, é a doença causada pelos danos que o HIV produz no sistema imunológico. Sendo assim, uma pessoa tem AIDS quando contrai infecções perigosas ou dispõe de um número extremamente baixo de células CD4.
Na prática, a AIDS é a fase mais grave da infecção por HIV.
Sem receber o tratamento adequado, o paciente com HIV pode levar cerca de 10 anos para desenvolver a AIDS, pois o tratamento retarda significativamente os danos causados pelo vírus e ajuda a manter o organismo saudável por várias décadas.
Quais são os principais sintomas da AIDS?
Depois da contaminação, os primeiros sintomas percebidos podem ser diarreia, febre e fraqueza, ambos sem motivos aparentes.
Os sintomas mais comuns que uma pessoa com AIDS pode apresentar são:
- Febre acima dos 38ºC por semanas seguidas;
- Calafrios;
- Diarreia crônica;
- Fadiga sem motivo aparente;
- Inchaços e erupções cutâneas;
- Dores de cabeça;
- Sudorese constante mesmo a noite;
- Manchas brancas na língua e boca.
As DSTs mais comuns
Quando nos perguntamos sobre como se prevenir de DSTs, é comum querer saber quais são as mais comuns. Veja:
- Sífilis;
- Gonorreia;
- Clamídia;
- HPV;
- Doença inflamatória pélvica;
- Herpes genital;
- Donovanose;
- Cancro Mole;
- HTVL;
- Tricomoníase.
Como uma DST é contraída?
As seguintes atividades são de “risco zero”, isto é, um caso de DST nunca foi relatado por seus praticantes. São elas:
- Masturbar-se;
- Tocar os genitais de seu parceiro;
- Beijar;
- Fazer sexo oral com preservativos;
- Usar brinquedos sexuais devidamente higienizados.
Entre as atividades de “baixo risco”, ou seja, a partir das quais apenas alguns casos (entre milhões) foram relatados, estão:
- Beijar um soropositivo com feridas ou sangramento na boca;
- Fazer sexo vaginal com preservativo;
- Fazer sexo anal com preservativo;
- Fazer sexo oral sem preservativos.
As atividades de “alto risco”, ou seja, com o registro de milhões de pessoas que contraíram DSTs, são:
- Fazer sexo vaginal sem preservativos;
- Fazer sexo anal sem preservativos.
Como se prevenir de DSTs?
Para saber como se prevenir de DSTs, siga as orientações abaixo:
- Sempre use preservativos durante o sexo vaginal, anal e oral;
- Mantenha o máximo de higiene durante todas as suas relações sexuais;
- Caso você tenha o vírus do HIV, comece os tratamentos o mais rapidamente possível e tome os medicamentos de forma consistente. Isso pode reduzir as probabilidades de contágio;
- Não compartilhe agulhas para injetar drogas, colocar piercings ou fazer tatuagens;
- Faça exames regulares e obtenha tratamento para outras doenças sexualmente transmissíveis. Não se esqueça de que contrair outra DST aumenta as chances de transmitir o vírus HIV para outras pessoas.
Agora que você já sabe como se prevenir de DSTs, aproveite o sexo seguro e seja feliz!
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